domingo, 19 de abril de 2009

O amor que a vida traz

Essa crônica foi escrita pela Martha Medeiros...adoreeei!!! tanto gostei que resolvi reescrever aqui!!!

" Você gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisaria ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que te adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesto. O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.
Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.
E agora esta você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa , mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence. Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja- Ah, este me serviu direitinho!
Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado. Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio."

Incrível!!! ms o amor é mesmo assim... e pq será q agnt ainda complica?!?!?
fica a pergunta a quem se dispuser a responder!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Talvés complicamos por sonhar demais, e viver de menos. "Planejamos" encontrar aquele amor que vimos entre A Bela Adormecida e seu príncipe, ou aquele entra A Rapunzel e seu (também) príncipe, que as resgatam de suas mádrastas ( que representam o mal no nosso dia-a-dia). o que tem de errado em A Bela e a Fera? Fiona e Shrek? o verdadeiro amor ali existia, mas não se aceitavam.
Daí vem a Martha e nos coloca uma situação real: "esse amor que não estava nos planos". Realmente não estará nos planos. Sempre esperamos um herói e na vida nada? Mas a mesma Martha coloca que "um amor que movido por discussões que não esperava enfrentar", mas também não esperava encontrar fôlego para aquele prolongado e passional beijo.
Ora, o (espécie) homem nunca está conformado. E quando aquele amor meia-boca acaba e há a separação, tu se debate com a falta dele. Vai entender!?
Na minha humilde opinião, é muito válida aquela frase em latim: carpe diem - Viva o momento. Não crie espectativas com o parceiro além da realidade. Sonhe, sim, mas com os pés no chão, que aquele "amor meia-boca evoluirá para aquele nos contos de fada antes mesmo que percebas".

(Isso é o que eu penso!)